Efeito das células estaminais do cordão umbilical em linhas celulares provenientes de cancro da próstata
O departamento de Investigação & Desenvolvimento & Inovação (I&D&I) da BebéVida, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto e o I3S (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde) em conjunto desenvolveram um estudo que pretendeu avaliar o efeito dos fatores libertados pelas células estaminais do tecido do cordão umbilical em linhas celulares provenientes de cancro da próstata.
Este estudo foi publicado na revista científica Human Cell e teve como objetivo avaliar os efeitos do secretoma das células mesenquimais (células estaminais do tecido do cordão umbilical) e do plasma do sangue do cordão umbilical em células provenientes de cancro da próstata.
As células estaminais mesenquimais (CEM) do cordão umbilical e o plasma do sangue do cordão umbilical (SCU) são ricos em numerosos fatores de crescimento e fatores anti-inflamatórios e, portanto, o secretoma (fatores libertados) das CEM e o plasma do SCU são capazes de modular a proliferação e a sobrevivência das células tumorais, bem como a imunidade e a angiogénese (formação de vasos sanguíneos).
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Através de um estudo in vitro, realizado em linhas celulares derivadas de cancro da próstata e utilizando células estaminais do tecido do cordão umbilical, provenientes de amostras doadas ao laboratório da BebéVida, verificou-se que o secretoma das CEM e o plasma do SCU reduzem a progressão do cancro da próstata, reforçando ainda mais o seu uso potencial como novos agentes terapêuticos no cancro da próstata. Este estudo, de facto, abre portas para a potencialidade da terapia celular, com recurso aos fatores produzidos e libertados pelas células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical, bem como o potencial uso dos produtos do cordão umbilical para combate a tumores sólidos como o cancro da próstata.
A Diretora Técnica e de I&D&I da BebéVida, Andreia Gomes, esteve no passado dia 16 de março de 2023, no programa Bom Dia Portugal transmitido na RTP1, para falar sobre o tema em estudo, bem como mais uma vez, assinalar os avanços desta fonte de células estaminais, que cada vez mais demonstra ter potenciais efeitos terapêuticos, alguns já demonstrados em diversas patologias.
A entrevista está disponível ao minuto 13.15 na RTP Play.
