Michal é mãe de 4 filhos, 3 dos quais diagnosticados com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) e decidiu arriscar na infusão de sangue do cordão umbilical como tratamento dos seus filhos, constatando melhorias significativas na sua qualidade de vida e interação com o mundo.
Cerca de 6 anos atrás, Michal visitou Israel para ouvir a palestra da Dra. Joanne Kurtzberg sobre o tratamento de crianças com autismo através da infusão do sangue do cordão umbilical. Uma semana depois, enviou todas as informações sobre o seu filho mais velho para a Universidade de Duke, sendo que em dezembro de 2019, o menino de apenas 8 anos começou o seu tratamento com um transplante autólogo do sangue do cordão umbilical em Duke.
Durante o primeiro ano após o tratamento, Michal testemunhou melhorias significativas a nível da comunicação do seu filho mais velho, sendo que este já reagia quando o chamavam e já se exprimia melhor, explicando o que precisava, o que sentia e o que o incomodava. “Foi uma melhoria notável das suas capacidades anteriores”.
Passados 3 anos, dois outros filhos gémeos de Michal, foram também diagnosticados com esta mesma patologia do irmão. Depois de experienciar os efeitos do sangue do cordão umbilical no tratamento do autismo, esta começou a pesquisar opções semelhantes em medicina regenerativa. Embora Michal tenha guardado sangue do cordão umbilical de todos os seus filhos, a unidade de sangue do menino mais novo diagnosticado com autismo, era muito pequena, tendo isto levado a que Michal procurasse dadores de células estaminais mesenquimais.
Em outubro de 2021, numa clínica na Sérvia, esta família encontrou a sua resposta. O seu filho de 5 anos e meio, recebeu células estaminais mesenquimais de um dador. Dois dias após o tratamento, ele começou a abrir garrafas sozinho, parou de bater em objetos e também parou de deixar cair tudo aquilo em que segurava, algo que fazia muito regularmente antes de ser alvo deste procedimento. Michal, também constatou uma melhoria significativa no contacto visual do seu filho e este tornou-se uma criança muito mais feliz. Aos 6 anos e meio, o menino recebeu mais uma dose das respetivas células, e passados cerca de 2 meses, é uma criança mais independente. Por outro lado, a menina e irmã gémea, também diagnosticada com PEA, ainda está à espera de receber o seu tratamento em Israel.
Em relação ao seu filho mais velho, esta mãe decidiu levá-lo para mais um tratamento com células estaminais mesenquimais no Panamá, tendo este segundo tratamento que ser realizado através de um dador, visto que o menino já tinha utilizado as suas células anteriormente. Aos 11 anos e depois do tratamento, o filho mais velho de Michal, já demonstra um maior interesse pelo mundo e pelo que está a acontecer ao seu redor, tem conversas muito mais profundas e os seus terapeutas evidenciaram uma predisposição muito maior deste à mudança.
A decisão de expor crianças com PEA a tratamentos regenerativos não é fácil, contudo existem já alguns casos de sucesso no tratamento com células do sangue do cordão umbilical. Basta informar-se e ler testemunhos como o desta mãe.
A informação e a pesquisa nunca é demais.