A BebéVida, empresa portuguesa especializada na criopreservação de células estaminais, está a consolidar a sua presença no setor da biotecnologia, apostando no reforço da capacidade laboratorial, na inovação tecnológica e na expansão internacional. Fundada em 2004 a empresa está sediada na cidade do Porto.
“Acreditamos que a criopreservação não é apenas uma opção preventiva, mas um investimento no futuro da medicina personalizada. Os avanços científicos têm mostrado que as células estaminais podem vir a ser utilizadas em contextos cada vez mais diversos”, refere Luís Melo, CEO da empresa.
Para Luís Melo, a existência de um laboratório próprio é uma mais-valia em termos de controlo de qualidade, segurança e proximidade com os nossos clientes portugueses. A empresa tem vindo a destacar-se num setor que alia ciência, saúde preventiva e biotecnologia, sendo responsável pela criopreservação de mais de 90 mil amostras de sangue e tecido do cordão umbilical.
Investigação e aposta na medicina regenerativa
Nos últimos anos, a BebéVida tem investido em investigação científica, colaborando com universidades e centros de investigação nacionais e internacionais. Esta área, ainda em desenvolvimento, é uma das apostas estratégicas da empresa, que vê na aplicação futura das células estaminais um campo promissor para tratamentos de doenças neurológicas, autoimunes e degenerativas.
A empresa integrou também projetos de investigação europeus, com enfoque na caracterização e potencial terapêutico das células do tecido do cordão umbilical. Estes projetos têm permitido à BebéVida acompanhar os desenvolvimentos da ciência e antecipar necessidades de inovação na cadeia de valor.
Qualidade certificada e conformidade regulatória
A BebéVida cumpre as diretrizes da Direção-Geral da Saúde e do IPST . O laboratório encontra-se sujeito a inspeções regulares, garantindo padrões elevados de segurança e rastreabilidade. “As acreditações pela FACT Foundation for Accreditation Cellular Therapies e pela AABB permitiram, após longos processos, validar que a nossa atividade é desenvolvida de acordo com as melhores práticas no processamento do sangue e tecido do cordão umbilical vertidas num conjunto de normas e standards definidos por estes organismos”- explica Luis Melo. Estas acreditações colocam a BebéVida num reduzido grupo internacional: “Pertencemos, atualmente, a um clube muito restrito de apenas 6 bancos privados acreditados tanto pela AABB como pela FACT” – refere.
Luís Melo sublinha que “a credibilidade neste setor depende da transparência, do rigor técnico e da conformidade com as exigências legais”. Esta postura tem permitido à empresa manter a confiança de milhares de famílias, não só em Portugal, mas também noutros mercados europeus.
Crescimento nos mercados externos
Além do mercado nacional, a BebéVida tem vindo a crescer em países como Espanha, Roménia e Suíça, através de parcerias e da expansão dos canais digitais. A internacionalização representa uma vertente estratégica da atividade, permitindo escalar o modelo de negócio e diversificar fontes de receita.
“O crescimento internacional tem sido feito de forma progressiva, com respeito pelas especificidades legais e culturais de cada país. Acreditamos que o know-how desenvolvido em Portugal pode ser replicado com sucesso noutros contextos”, afirma o CEO.
Educação e sensibilização: uma missão contínua
Num setor onde a informação científica e a literacia em saúde são determinantes para a tomada de decisão, a BebéVida promove regularmente ações de sensibilização junto de grávidas, casais e profissionais de saúde. Webinars, sessões presenciais e parcerias com hospitais fazem parte de uma estratégia educativa que visa esclarecer dúvidas e combater mitos associados à criopreservação.
“A informação é essencial. Queremos que as famílias tomem decisões informadas e conscientes. Por isso, assumimos um papel ativo na divulgação de conhecimento técnico-científico”, diz Luís Melo.
Futuro: inovação, digitalização e novos serviços
Para os próximos anos, a BebéVida prevê alargar a sua oferta de serviços. A digitalização dos processos, a melhoria da experiência do cliente e a aposta contínua em tecnologia laboratorial serão prioridades.
“Estamos a preparar a empresa para o futuro, mas com os pés bem assentes na evidência científica e no cumprimento rigoroso das boas práticas”, acrescenta Luís Melo.
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