No âmbito do Dia Mundial do Linfoma, que este ano se celebra a 15 de Setembro, a BebéVida, banco 100% português de criopreservação das células estaminais do sangue do cordão umbilical, licenciado pelo Ministério da Saúde, recorda que o transplante de células estaminais se constitui como uma terapia celular possível para aplicação terapêutica e substituição das funções das células irreversivelmente lesadas.
Em Portugal, todos os anos são descobertos cerca de 2.000 novos casos deste tipo de cancro, sendo importante alertar para o elevado potencial das células estaminais, que conferem uma grande capacidade no que se refere às aplicações terapêuticas a nível da Biomedicina.
Recorde-se que o linfoma é uma doença dos linfócitos e assemelha-se a um cancro, dado que a regulação dos linfócitos afetados sofre alterações. Podem dividir-se em dois grupos, o Linfoma não-Hodgkin (ou LNH) e o Linfoma de Hodgkin (também conhecido como doença de Hodgkin).
O transplante de células estaminais é uma das opções possíveis para alguns doentes com linfoma não-Hodgkin, na medida em que as células estaminais são células sanguíneas imaturas que se formam na medula óssea e transformam-se em células sanguíneas maduras – glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
Estas células têm a capacidade de se diferenciar em vários tipos celulares e de se renovar e dividir indefinidamente. No caso das células que se encontram no sangue do cordão umbilical, o seu isolamento e criopreservação (conservação através de ultracongelação) proporcionam aos recém-nascidos e familiares a sua eventual utilização no tratamento de doenças genéticas ou degenerativas.
De acordo com a Dra. Marika Binni, Médica Imuno-hemoterapeuta do Hospital Santo António “O transplante alogénico de células estaminais pode ser uma opção terapêutica em alguns linfomas, nomeadamente quando ocorre uma resistência ou recaída após quimioterapia. O autotransplante pode ser também uma opção em casos selecionados”, adianta ainda a especialista.