Um estudo realizado em vários centros japoneses demonstra que as células estaminais do cordão umbilical migram para o órgão lesado com maior eficiência do que as derivadas da medula óssea, melhorando múltiplos parâmetros histopatológicos e funcionais.
O ensaio foi realizado em ratos com lesão pulmonar fibrótica causada por um agente químico. A administração intravenosa dessas células promoveu a recuperação do peso corporal, que foi máxima com células Muse derivadas de cordões de nascimentos prematuros.
Estas células foram também as mais eficientes no restabelecimento de alguns parâmetros ventilatórios, na redução dos níveis circulantes da proteína surfactante D, um reconhecido biomarcador da gravidade dos danos pulmonares, e na atenuação da fibrose e da inflamação neste órgão. Mari Dezawa, pesquisadora da Universidade de Tohoku e colíder do estudo, afirma que, após a injeção intravenosa, as células Muse (células pluripotentes semelhantes a macrófagos) migram seletivamente para o tecido danificado, através da sua capacidade de detetar a esfingosina libertada por estas.
Uma vez lá, eles substituem as células danificadas, diferenciando-se no tipo de célula correspondente. Na verdade, no exame de expressão de marcadores de membrana em células pulmonares aos 21 dias, os cientistas confirmaram que as células Muse se diferenciaram em células que expressam marcadores alveolares, sendo as derivadas do cordão prematuro, mais uma vez, as mais eficientes.
Dezawa conclui apontando que os resultados são consistentes com os resultados de ensaios clínicos em outras indicações, nos quais as células Muse derivadas de medula óssea adulta já haviam demonstrado a sua segurança e eficácia, sem necessidade de imunossupressão.
Fonte: https://bio-cord.es/noticias/celulas-cordon-umbilical-muestra-efectividad-en-fibrosis-pulmonar/