A gravidez proporciona momentos de grande alegria, mas também desperta dúvidas e inseguranças. Como a vacinação é um tema sensível, os casais devem compreender a importância de tomar a vacina contra a tosse convulsa durante a gestação. Ao receber a vacina, a mulher grávida fortalece sua imunidade e ainda protege o bebê contra doenças como tétano e difteria.
A bactéria Bordetella pertussis causa a tosse convulsa e facilita sua transmissão pelo ar, especialmente por meio de gotículas expelidas durante tosse ou espirros. Em Portugal, a infecção atinge principalmente bebês com menos de 2 meses, idade em que ainda não iniciaram a vacinação. Como consequência, muitos precisam de internação hospitalar, e alguns casos exigem cuidados intensivos. Infelizmente, em bebês menores de 2 meses, a doença pode ser fatal ou deixar sequelas graves.
Sintomas da tosse convulsa
No início, a tosse convulsa pode parecer uma simples constipação, causando obstrução nasal, corrimento, febre leve, tosse seca e espirros. Com o passar dos dias, a tosse se intensifica, dificultando a respiração e deixando o rosto roxo devido à falta de oxigênio. Além disso, o muco se acumula em grandes quantidades, e a tosse forte pode levar ao vômito. Durante o esforço para respirar, a pessoa pode emitir um som característico. A doença pode se prolongar por até três meses, mas, com o tempo, os acessos de tosse se tornam menos intensos e mais espaçados. O tratamento envolve a administração de antibióticos adequados, que ajudam a reduzir os sintomas e acelerar a recuperação.
Como prevenir a tosse convulsa?
O Programa Nacional de Vacinação oferece a imunização gratuita para crianças aos 2, 4, 6 e 18 meses, além de doses de reforço aos 5 anos e para gestantes em cada nova gravidez. Como o nível de anticorpos transmitidos pela mãe diminui com o tempo, seguir corretamente o calendário vacinal infantil torna-se essencial. Embora a vacina reduza significativamente o risco, ainda há uma pequena possibilidade de contrair a doença. Para esclarecer dúvidas e garantir a saúde da mãe e do bebê, enfermeiros e profissionais de saúde especializados no acompanhamento da gravidez oferecem orientações seguras e confiáveis.
Em que momento da gravidez a vacina deve ser administrada e por quê?
O aumento dos casos de tosse convulsa está diretamente ligado ao surgimento de novas variantes da bactéria e à queda natural da imunidade ao longo da vida. Bebês com menos de 2 meses ainda não possuem um sistema imunológico maduro, o que os torna extremamente vulneráveis a infecções e agrava os sintomas da doença. Para oferecer a máxima proteção, os médicos recomendam a vacinação entre as 20 e as 36 semanas de gestação, sendo o ideal até as 32 semanas. Após as 36 semanas, a imunização da mãe ainda contribui para proteger o bebê indiretamente. Além disso, antes de receber a vacina, a gestante deve realizar a ecografia morfológica entre as 20 e 22 semanas para garantir o desenvolvimento adequado do feto. Como os níveis de anticorpos diminuem ao longo do tempo, repetir a vacinação em cada gravidez assegura que o bebê receba proteção suficiente.
Quais são os possíveis efeitos colaterais da vacina?
A vacina contra a tosse convulsa apresenta um alto nível de segurança para a mãe e o feto. No entanto, algumas reações podem ocorrer, sendo as mais comuns dor, calor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação. Em casos mais raros, a gestante pode ter febre leve, o que pode resultar em cansaço. Os médicos não recomendam o uso preventivo de paracetamol, pois ele pode afetar a resposta imunológica. No entanto, se houver febre ou desconforto após a vacinação, o paracetamol pode ser utilizado para aliviar os sintomas.
Como ter acesso à vacina?
Os enfermeiros e médicos que acompanham a gravidez são os profissionais mais capacitados para esclarecer dúvidas e orientar o casal ou a mulher grávida sobre o acesso à vacinação no momento adequado.
- A tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa, e seu impacto é mais grave em crianças menores de 2 meses.
- Os sintomas iniciais podem ser confundidos com doenças comuns, o que facilita a transmissão e o diagnóstico tardio.
- A vacinação da mãe contra a tosse convulsa é segura e reduz o risco de doença em crianças não vacinadas.
- Profissionais de saúde são os melhores recursos para esclarecer dúvidas sobre a vacinação durante a gestação.