Cientistas de vários centros chineses analisaram os resultados de 13 estudos clínicos com mais de 800 pacientes com doença hepática terminal, descobrindo que a terapia celular com células estaminais mesenquimais do cordão umbilical (MSCs) oferece benefícios significativos em comparação com o tratamento padrão.
Pacientes com insuficiência hepática aguda crónica (IHAC) tratados com MSCs apresentaram maior probabilidade de sobrevida em 8 e 12 semanas e menor índice prognóstico de mortalidade, também em 24 semanas. Este índice foi igualmente favorável em pacientes com cirrose. Ambos os subgrupos de pacientes apresentaram diminuição da albumina sérica às 4 e 24 semanas, bem como da bilirrubina total. Em todos os pacientes, a terapia com MSCs revelou-se segura, sem registo de efeitos adversos graves. O tratamento reduziu a encefalopatia em pacientes que já a apresentavam, embora não tenha tido impacto em outras complicações, como sangramento gastrointestinal, infeções ou erupção cutânea.
Yuyan Wang, pesquisador da Universidade Yangtze e coautor do estudo, afirma que a IHAC é caracterizada pela descompensação aguda da doença hepática crónica, associada à falência de órgãos e alta mortalidade. Até 30% dos pacientes internados por complicações da cirrose apresentam esta síndrome, afirma o cientista. O estudo também examinou o impacto da via de administração das células estaminais mesenquimais do cordão umbilical, embora não tenham sido encontradas diferenças significativas. Wang ressalta que a injeção na artéria hepática tem sido utilizada em alguns estudos, pois essa via facilita o direcionamento das MSCs para o órgão-alvo. No entanto, o risco de hemorragia e infeção fez com que a injeção intravenosa fosse considerada uma alternativa potencialmente mais segura, conclui o investigador.