Mason Shaffer recebeu um transplante de sangue do cordão umbilical em 2009, aos 7 meses de idade, para tratar a sua doença rara Osteopetrose Infantil Maligna (MIOP). Ele agora está a viver a sua melhor vida como estudante em Drexel Hill, Pensilvânia, EUA. Osteopetrose não é uma doença do sangue; é um distúrbio genético que causa crescimento ósseo excessivo. Esse crescimento descontrolado dos ossos faz com que estes pressionem vários nervos e órgãos, reduz o espaço deixado entre os ossos para a medula óssea, e a forma MIOP de Osteopetrose leva à morte numa idade muito jovem. Mas Mason está vivo hoje, porque uma mãe desconhecida doou o sangue do cordão umbilical do seu filho e ele fez um transplante que salvou a sua vida quando ainda era um bebé. Graças ao transplante de sangue do cordão umbilical, a progressão da Osteopetrose de Mason foi interrompida e o seu metabolismo voltou ao normal. Ele conseguiu crescer fazendo as mesmas coisas que as outras crianças. Mason tem alguns problemas de saúde residuais dos danos que a Osteopetrose causou antes do transplante. O crescimento ósseo excessivo estava a esmagar alguns nervos na sua cabeça, e até hoje Mason não tem sensibilidade em alguns nervos faciais, ele é cego do olho esquerdo e tem uma visão muito limitada do olho direito. Apesar do seu défice de visão, Mason consegue ler textos com letras grandes. Ele sempre esteve em classes regulares na escola e tem boas notas. O mais notável para uma criança que já teve ossos anormais é que Mason é muito ativo em desporto. O seu irmão mais velho, Reilly, é um nadador competitivo, e Mason seguiu o seu caminho na piscina e passou dez anos em ligas da natação. Mason também praticou a arte marcial Jiu Jitsu e futebol americano. A mãe de Mason, Sarah Shaffer, iniciou a Mason Shaffer Foundation em 2011, tornando-se este um projeto familiar que incluía o seu marido Marc e os seus filhos. Um objetivo da fundação era formar uma comunidade para pais de crianças com Osteopetrose, para lhes fornecer uma rede de apoio. A Mason Shaffer Foundation também dirigiu um programa de doação de sangue de cordão umbilical em dois hospitais na Filadélfia, mas depois de vários anos esse programa foi fechado porque não era suportável o custo para o banco público local aceitar doações desses hospitais. Desde o transplante de Mason em 2009, as taxas de sucesso para transplantes de células estaminais de crianças com Osteopetrose infantil melhoraram, e há uma comunidade crescente de sobreviventes. Mason continua a ser pioneiro nesta área, e tornou-se o primeiro paciente com Osteopetrose a passar por cirurgia oral para expandir o seu palato e para alargar as suas vias aéreas. (…) Depois de tudo pelo que passaram, a família Shaffer mantém a filosofia de que a vida é incerta e não vale a pena fazer muito planos, é importante apenas estar preparado para lidar com as situações inesperadas.
Fonte: https://parentsguidecordblood.org/en/news/update-cord-blood-transplant-survivor-mason-shaffer