O Dia Mundial do Sangue do Cordão celebrou-se no dia 17 de Novembro. Este foi o testemunho da Dra. Joanne Kurtzberg, pioneira no uso de Células Estaminais como terapia, à revista País Positivo.
Como se interessou por este tipo de investigação e quais foram as principais motivações?
O meu trabalho com o transplante de medula óssea, deu-me a oportunidade de tratar crianças com doenças genéticas do cérebro em que o transplante de sangue do cordão umbilical em que o dador não tem relação familiar, aprendi que as células do sangue do cordão podem migrar do sangue / medula óssea para o cérebro.
Então pensei que as infusões de sangue do cordão umbilical (sem um transplante), também poderiam ajudar crianças com lesões cerebrais.
Os trabalhos desenvolvidos na aplicação de células-tronco do cordão umbilical principalmente em crianças apresentam resultados positivos?
Sim, é importante usar células do sangue do cordão umbilical. As células ativas não são células-tronco, são um tipo de célula chamada monócito. Os resultados preliminares dos estudos da primeira e segunda fase em crianças com Paralisia Cerebral e Autismo e em bebés com Encefalopatia hipóxico-isquémica são encorajadores.
Quais são os objetivos da Cord Blood Association? Prevê-se que a promoção de bancos públicos e privados e a utilização de sangue e tecido do cordão umbilical no tratamento de doenças e terapias regenerativas traga uma nova esperança?
O objetivo da Cord Blood Association é advogar pelo banco de sangue do cordão umbilical e terapias, promovendo a comunicação entre bancos privados e públicos de forma a alavancar as melhores práticas de ambas as indústrias e para mobilizar os Bancos de Sangue do Cordão Umbilical em prol de novos tratamentos num futuro com esta pratica.