Cientistas do Hospital Garrahan, na Argentina, em conjunto com a startup MesencHyal-T, desenvolveram uma terapia para regeneração óssea baseada na estimulação de células estaminais do cordão umbilical com ácido hialurónico, criando uma alternativa para reparar ossos que não se regeneram sozinhos. O estudo já passou pelos testes iniciais e agora está em fase de testes em pacientes. Se comprovada a eficácia, será a primeira vez no mundo.
“Como as células mesenquimais possuem um grande número de recetores de ácido hialurónico, queríamos ver o que acontecia quando as combinávamos. Conseguimos observar que o ácido hialurónico envia sinais para que elas se transformem em osso. Então, acreditamos que havia potencial e que essa união poderia ser capaz de regenerar ossos danificados”, explicou Laura Alaniz, Doutora em Imunologia e Diretora do Laboratório de Microambiente Tumoral do CIBA.
O grupo de pesquisa conduziu testes in vitro em modelos animais, e os resultados foram consistentemente positivos. “Não apenas observamos regeneração óssea, mas também realizamos testes mecânicos e observamos que os modelos ósseos tratados apresentaram melhor função biológica do que os saudáveis: suportaram mais peso e apresentaram boa rigidez, mas também flexibilidade; ou seja, tudo o que é necessário quando um osso se quebra”, descreveu Alaniz.
Concluída essa etapa e confirmado que o conceito era condizente com o que realmente estava acontecendo, surgiu um novo desafio: transformar a pesquisa num produto que chegasse ao paciente.
“Entendemos que tínhamos a oportunidade de criar um projeto transferível, e a maneira de alcançar isso era por meio da criação de uma empresa de base tecnológica. Foi assim que nasceu a startup MesencHyal-T”, disse o investigador, que hoje também é o CEO. Considerando que a “matéria-prima” para o potencial produto (células estaminais mesenquimais) pode ser encontrada tanto no sangue do cordão umbilical como no tecido adiposo (gordura), os investigadores optaram pelo sangue do cordão umbilical porque esse material — na maioria dos casos — é descartado após o nascimento.
Fonte: https://bio-cord.es/noticias/terapia-para-regenerar-huesos-con-celulas-madre-del-cordon-umbilical/


