Condições endometriais, como a síndrome de Asherman ou um endométrio fino ou atrófico, contribuem significativamente para a infertilidade e tratamentos convencionais, como a terapia hormonal, frequentemente têm eficácia limitada nessas pacientes. Na síndrome de Asherman, formam-se dentro do útero aderências ou cicatrizes, geralmente após procedimentos invasivos, como curetagem ou cesarianas. Essas aderências podem causar distúrbios menstruais, infertilidade ou abortos espontâneos recorrentes. E em casos de endométrio fino ou atrófico, o revestimento uterino frequentemente não atinge a espessura ou o padrão adequado para a implantação do embrião.
O objetivo deste estudo foi tratar o endométrio atrófico e fino afetado pela síndrome de Asherman através de injeção intrauterina de plasma rico em plaquetas de dadoras de cordão umbilical. Os resultados foram totalmente satisfatórios, com crescimento endometrial significativo após o tratamento em todos os casos.
Neste estudo clínico, aprovado pela Agência Espanhola de Medicamentos e Dispositivos Médicos (AEMPS), o estudo foi conduzido no Hospital La Fe e no IVI Valencia. Antes do tratamento, as pacientes foram testadas para marcadores víricos e grupo sanguíneo por uma questão de segurança do procedimento(dadoras e pacientes). A espessura e o padrão endometriais foram avaliados antes e após a administração de PRP alogénico.
Os dados foram apresentados no 41º Congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), em Paris. Este material biológico pode ser muito útil para aumentar a fertilidade e melhorar a capacidade de implantação de embriões nessas pacientes.


