Uma paciente americana infetada com HIV há mais de 10 anos viu-se curada, após a realização de um transplante com sangue do cordão umbilical.
Trata-se do terceiro caso de cura de pacientes com HIV com um transplante de células estaminais. Os restantes casos conhecidos como o “Paciente de Berlim” e o “Paciente de Londres”, ambos padecendo de uma doença hemato-oncológica, foram sujeitos a um transplante que lhes permitiu não só corrigir o seu sistema imunitário, como verem-se livres da infeção por HIV. O Paciente de Berlim acabou por falecer de cancro e o paciente de Londres ainda se encontra vivo e livre do vírus de HIV há mais de 10 anos.
Esta terceira paciente, não sendo caucasiana, teve dificuldade em encontrar um dador de medula óssea compatível para realizar o transplante para tratamento de uma leucemia mieloide aguda, tendo recorrido ao transplante de sangue do cordão umbilical, menos exigente em termos de compatibilidade, e que por mera “sorte” continha uma alteração cromossómica que permitiu também curar a infeção por HIV. Já passaram 4 anos após o transplante com sangue do cordão umbilical e o vírus do HIV continua indetetável.
Trata-se de mais um passo importante no tratamento desta terrível doença que já matou mais de 32 milhões de pessoas em todo o mundo e para a qual, à data de hoje, ainda não existe uma cura. Fica desta forma demonstrada a potencialidade do sangue do cordão umbilical como fonte de células estaminais para tratamento de muitas doenças hemato-oncológicas bem como de outro tipo de doenças.