Um novo ensaio clínico avaliou a eficácia do uso de células estaminais do sangue do cordão umbilical no tratamento do Acidente Vascular Cerebral, tendo em conta o tipo de célula, origem celular, número de células e tempo de tratamento celular.
Este estudo demonstrou efeitos benéficos em 6 pacientes que sofreram um AVC. Demonstrou também que um paciente com 40 anos, com história de hipertensão e hemodiálise por doença renal terminal, após sofrer um AVC isquémico recuperou significativamente dentro de um curto período após receber as células hematopoiéticas de sangue de cordão umbilical alogénico.
Segundo a Doutora Andreia Gomes, Diretora Técnica e de Investigação do Laboratório BebéVida, ”O sangue do cordão umbilical contém células hematopoéticas primitivas, mais ”naive”, que apresentam uma extensa capacidade de proliferação quer em laboratório quer quando infundidas no corpo. Assim, as células hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical, após infusão, proliferam e diferenciam-se tornando-se eficazes no tratamento de doenças e episódios neurodegenerativas.”
E acrescenta ”O sangue do cordão umbilical é uma fonte disponível para transplante de células hematopoiéticas, apresentando várias características benéficas como baixa imunogenicidade, não exigindo uma correspondência rigorosa do antigénio leucocitário humano, sendo uma terapia segura para o paciente.”
Após criopreservação, as células estaminais do cordão umbilical ficam facilmente disponíveis, o que representa grandes vantagens face a outras fontes de células estaminais, como por exemplo a medula óssea, em que é necessário encontrar um dador compatível e disponível para se submeter a um processo invasivo.
A estratégia ideal do uso destas células tem sido extensamente avaliada em variadíssimos estudos pré-clínicos e clínicos reconhecendo que transplante de sangue do cordão umbilical é seguro e eficaz.