Foram publicados os resultados do estudo sobre uso de sangue do cordão umbilical para tratar crianças com Autismo, liderado pela Dra. Joanne Kurtzberg, da Duke University, USA. Este mostrou que após a infusão com sangue do cordão umbilical, crianças diagnosticadas com Autismo melhoraram os seus níveis de comunicação, socialização e inteligência não verbal.
A primeira fase deste estudo envolveu 25 crianças com Autismo com idades entre os 2 e os 6 anos, tendo como objetivo mostrar não só a segurança do procedimento como a eficácia na melhoria de, pelo menos, um dos sintomas associados ao Autismo.
Foi lançado o ensaio clínico de fase II, onde o estudo envolveu 180 crianças com diagnóstico de Autismo. De forma a obter resultados mais robustos em termos das suas conclusões, estas crianças foram dividas em 2 grupos distintos : o 1º grupo foi, num primeiro momento, sujeito ao tratamento com o sangue do cordão umbilical e o 2º grupo sujeito ao efeito placebo. Após 6 meses estes grupos trocaram de posição: recebendo o 1º grupo o efeito placebo e o 2º o tratamento com sangue do cordão.
No grupo sujeito ao tratamento foi feita uma subdivisão pois algumas crianças foram infundidas com o sangue do cordão umbilical (autólogo) colhido no momento do parto e outro grupo foi infundido com sangue do cordão de dador (alogénico).
Como podemos constatar na imagem, as conclusões do estudo apontam para uma melhoria dos índices compostos de socialização e comunicação das crianças após a infusão com sangue do cordão umbilical.
Foi também constatado que os resultados mais exuberantes em termos de melhoria dos índices de comunicação e socialização se verificou em crianças entre os 4 e os 7 anos de idade e com o coeficiente de inteligência não verbal (NVIQ) superior a 70.
O registo de reações adversas foi residual e sem grande severidade.
Na publicação dos resultados, foi também anunciada a realização de mais um estudo para o tratamento de 164 crianças com diagnóstico de Autismo, através de células estaminais mesenquimais isoladas a partir do tecido do cordão. Estas crianças, já sujeitas a tratamento com sangue do cordão, serão ainda alvo de teste com as células isoladas a partir do tecido do cordão umbilical.
Recorde que a Dr.ª Joanne Kurtzberg integrou a equipa que realizou o primeiro transplante de células estaminais tendo como fonte o cordão umbilical, em 1988, e tem até hoje dedicado grande parte do seu trabalho à aplicação de células estaminais no tratamento de crianças com autismo e paralisia cerebral.
Aplicação com Células Estaminais
Em 2010, a Drª Joanne efetuou o transplante de sangue do cordão de uma menina portuguesa com Paralisia Cerebral, cuja amostra se encontrava criopreservada na BebéVida. Leia mais sobre este tema aqui.
Fontes:
– Parentsguidecordblood.org
– The Journal of Pediatrics- Phase II Randomized Clinical Trial of the Safety and Efficacy of Intravenous Umbilical Cord Blood infusion for Treatment of Children with Autism Spectrum Disorder-May 19, 2020- Joanne Kurtzberg et al
Foram publicados os resultados do estudo sobre uso de sangue do cordão umbilical para tratar crianças com Autismo, liderado pela Dra. Joanne Kurtzberg, da Duke University, USA. Este mostrou que após a infusão com sangue do cordão umbilical, crianças diagnosticadas com Autismo melhoraram os seus níveis de comunicação, socialização e inteligência não verbal.
A primeira fase deste estudo envolveu 25 crianças com Autismo com idades entre os 2 e os 6 anos, tendo como objetivo mostrar não só a segurança do procedimento como a eficácia na melhoria de, pelo menos, um dos sintomas associados ao Autismo.
Foi lançado o ensaio clínico de fase II, onde o estudo envolveu 180 crianças com diagnóstico de Autismo. De forma a obter resultados mais robustos em termos das suas conclusões, estas crianças foram dividas em 2 grupos distintos : o 1º grupo foi, num primeiro momento, sujeito ao tratamento com o sangue do cordão umbilical e o 2º grupo sujeito ao efeito placebo. Após 6 meses estes grupos trocaram de posição: recebendo o 1º grupo o efeito placebo e o 2º o tratamento com sangue do cordão.
No grupo sujeito ao tratamento foi feita uma subdivisão pois algumas crianças foram infundidas com o sangue do cordão umbilical (autólogo) colhido no momento do parto e outro grupo foi infundido com sangue do cordão de dador (alogénico).
Como podemos constatar na imagem, as conclusões do estudo apontam para uma melhoria dos índices compostos de socialização e comunicação das crianças após a infusão com sangue do cordão umbilical.
Foi também constatado que os resultados mais exuberantes em termos de melhoria dos índices de comunicação e socialização se verificou em crianças entre os 4 e os 7 anos de idade e com o coeficiente de inteligência não verbal (NVIQ) superior a 70.
O registo de reações adversas foi residual e sem grande severidade.
Na publicação dos resultados, foi também anunciada a realização de mais um estudo para o tratamento de 164 crianças com diagnóstico de Autismo, através de células estaminais mesenquimais isoladas a partir do tecido do cordão. Estas crianças, já sujeitas a tratamento com sangue do cordão, serão ainda alvo de teste com as células isoladas a partir do tecido do cordão umbilical.
Recorde que a Dr.ª Joanne Kurtzberg integrou a equipa que realizou o primeiro transplante de células estaminais tendo como fonte o cordão umbilical, em 1988, e tem até hoje dedicado grande parte do seu trabalho à aplicação de células estaminais no tratamento de crianças com autismo e paralisia cerebral.
Em 2010, a Drª Joanne efetuou o transplante de sangue do cordão de uma menina portuguesa com Paralisia Cerebral, cuja amostra se encontrava criopreservada na BebéVida. Leia mais sobre este tema AQUI.